sexta-feira, 16 de abril de 2010

Momento Manguaça Cultural

Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da
cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo.

Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse.
Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os
escravos simplesmente pararam e o melado desandou.

O que fazer agora?
A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor.
No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado.
Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram
os dois ao fogo.

Resultado: o 'azedo' do melado antigo era álcool que aos poucos foi
evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam
constantemente.

Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome 'PINGA'.
Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores
ardia muito, por isso deram o nome de 'ÁGUA-ARDENTE'
Caindo em seus rostos escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com
a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar.
E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo.

(História contada no Museu do Homem do Nordeste).

Não basta somente beber, tem que conhecer!

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